segunda-feira, 17 de março de 2008

Sempre me pergunto se coisas que passaram, coisas boas, se repetem? Esses dias estava com saudade da minha infância, daquele tempo de ser mimado pelos avós, tios, padrinho, madrinha, principalmente a madrinha (rsrsrs). aquele tempo que você brincava de esconde-esconde com os primos na casa da vó, corria pra lá, corria pra cá, ria abessa. Me lembro dos tempos da EMEI, onde participar da festa junina era regra e não execeção, lembro de ter dançado com uma menina que era o dobro do meu tamanho, me lembro das tias, Pedrina, Lucia, Margo, da tia da cantina (essa que nunca tem nome, mas seu trabalho vale todo o esforço), das cantigas, "[...]trala trala tralalala tralala tralala tralalala Hey[...]" "[...] Vou comer, vou comer, pra ficar bem forte pra ficar bem forte e crescer[...]", e crecer, derrepente, assim num estalo. Prontos deixamos de ser criança e temos responsabilidades. Essas que muitas vezes acabam nos amadurencendo muito antes do tempo.
Essa brincadeira de ser adulto já ta cansando, essa coisa de não poder fazer mais o que bem entendo, temos metas, horarios, prazos, a cumprir, e se não fizermos, seremos expulso do mercado como se fossemos um dinheiro de troca, nesse ritimo alucinado não vamos a lugar algum, nessa velocidade seremos multados, e teremos que voltar um dia a pé pra casa.

Temos que reivindicar o que é nosso, por direito. Temos que ter coragem de chegar segunda-feira, acordar e dizer é hoje eu não vou trabalhar, vou ficar com minha familia, dizer a eles o quanto eu os amo. Se é por um bom motivo sou a favor.

Mas uma coisa ninguém me tira, o sorriso do rosto, a criança dentro de mim, essa ai sempre existirá, e deve existir em todos nós, não importa que façamos, ou deixamos de fazer, temos que em certos momentos voltar a ser criança, e brincar, brincar de ser adulto. To cansado de ser quem não sou. To cansado dessa brincadeira que parece não acabar, Quero poder voltar a ser criança e Sorrir.




Apenas Sorrir!

Um comentário:

Anônimo disse...

Muito bacana o seu texto. Realmente em meio ao mundo globalizado e capitalista, as pessoas tentem a perder a sua essência e tornar-se mais parecidas as máquinas, num ritmo alucinado de produção, esquecendo que tudo que é criado sem afeto humano é vazio e que se desfaz com a mesma velocidade com que se é criado. Parabéns, você escreve muito bem. Jamais se esqueça da sua criança interior, ela precisa de você. Se quiser conversar mais sobre o assunto, que é muito legal, me add no msn: sanlorran@hotmail.com. Abraços.